Novas regras para diagnóstico de transtornos exigem atenção redobrada

Nos últimos anos, a compreensão sobre transtornos do neurodesenvolvimento, como o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e o Transtorno do Espectro Autista (TEA), tem evoluído significativamente. Com isso, novas diretrizes para diagnóstico foram implementadas, impactando diretamente pacientes, familiares e profissionais da saúde.

Uma das principais mudanças está na substituição da Classificação Internacional de Doenças (CID-10) pela CID-11, documento da Organização Mundial da Saúde (OMS) que redefine critérios e nomenclaturas para diversos transtornos. Essa atualização busca tornar os diagnósticos mais precisos e inclusivos, refletindo melhor as diferenças individuais de cada pessoa.

No caso do TEA, a CID-11 consolida os diferentes subtipos em um único espectro, eliminando categorias como a Síndrome de Asperger. Agora, o autismo é compreendido dentro de um continuum de intensidade e necessidade de suporte, facilitando a avaliação e a oferta de tratamentos personalizados.

Já para o TDAH, os critérios diagnósticos foram ajustados para abranger melhor as variações ao longo da vida. Antes, esse transtorno era amplamente associado à infância, mas agora há um reconhecimento maior de sua permanência na vida adulta, o que favorece diagnósticos mais tardios e intervenções mais eficazes.

Essas mudanças impactam não apenas a prática clínica, mas também políticas públicas de saúde e educação. O novo modelo reforça a importância de uma abordagem interdisciplinar, envolvendo psicólogos, psiquiatras, neurologistas, pedagogos e familiares no processo de avaliação e tratamento.

Para as famílias, a adequação à nova classificação pode gerar dúvidas e até receios. É fundamental buscar informação de fontes confiáveis e contar com profissionais especializados para garantir um acompanhamento adequado. O entendimento correto do novo sistema evita estigmas e favorece a construção de um ambiente mais inclusivo e acolhedor.

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